Prefeitura de Porto Alegre pode decretar estado de emergência na Ponta Grossa

Alagamentos e esgoto a céu aberto são alguns dos problemas enfrentados pela maior parte dos moradores da Ponta Grossa, bairro da região Extremo Sul de Porto Alegre. A solução para as dificuldades enfrentadas, diariamente, pela comunidade depende da realização de grandes investimentos em saneamento básico, que requerem grande aporte financeiro e planejamento. Em maio, uma comitiva municipal esteve no bairro para verificar in loco a situação vivida pelos ponta-grossenses e, na ocasião, o prefeito Sebastião Melo explicou que, para enfrentar este problema, é necessária a realização de uma grande obra, estimada em R$ 43 milhões, com liberação de recursos via empréstimo do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE).

Recentemente, o prefeito sinalizou a possibilidade de decretar estado de emergência no bairro Ponta Grossa, o que permitiria ao poder público realizar compras e contratar obras viárias com mais velocidade. Segundo Melo, é necessário que a Procuradoria-Geral do Município se manifeste neste sentido, abrindo a possibilidade de que ele decrete o estado de emergência. 

Dificuldades vividas pelos moradores do bairro motivaram manifestações

Durante o mês de agosto, nos dias 6 e 28 de agosto, moradores da Ponta Grossa realizaram duas manifestações para chamar a atenção para as dificuldades encontradas pela comunidade do bairro e reivindicar a realização das melhorias necessárias para uma melhor qualidade de vida da população. Os protestos, além da Ponta Grossa, incluíram carreatas por avenidas dos bairros próximos (Guarujá, Espírito Santo, Ipanema, Aberta dos Morros e Hípica), com os participantes realizando apitaços e proferindo palavras de ordem, além de empunhar cartazes com suas reivindicações. A principais reclamações dos manifestantes referem-se aos alagamentos, que obrigam-nos a andar por ruas esburacadas, correndo riscos constantes de acidentes pessoais e com dificuldades nos transportes, pois os motoristas dos veículos enfrentam dificuldades de transitar pelas diversas ruas sem pavimentação no bairro, além de chamar atenção para o acúmulo de água em suas casas, com esgoto pluvial que não consegue escoar e, em certos casos, inutiliza móveis e eletrodomésticos. Enquanto não são realizadas obras de macrodrenagem que solucionem este problema, a comunidade reivindica a realização de mais patrolamentos, que amenizem os efeitos dos alagamentos.