Para seguir salvando vidas, Projeto Gaditas inicia outras frentes de ação

Reconhecido nacionalmente por seu trabalho social com o Jiu-jitsu, Gaditas abraça outras iniciativas para o desenvolvimento dos jovens

Quando Eduardo Oliveira começou a praticar Jiu-Jitsu, sua intenção era manter-se afastado das drogas, caminho que seguiu dos 11 aos 24 anos, após sua família se desestruturar e ele acabar vivendo na rua. Mas a prática do esporte lhe trouxe disciplina e a religião, a fé, fazendo com que Eduardo encontrasse suporte para mudar não apenas a sua vida, mas também a de centenas de crianças. Com o lema de salvar vidas, o Projeto Gaditas nasceu no final de 2009, inicialmente como uma escola e equipe de Jiu-Jitsu para crianças de 5 a 17 anos, totalmente gratuita, onde os alunos encontraram orientação, motivação e disciplina para superar as mesmas dificuldades que Eduardo enfrentou. O documentário “Gaditas – salvando vidas”, produzido por José Luís Follador e Aline Bortolon, responsáveis pelo programa Jiu-Jitsu na Estrada e lançado em 2019, conta a dedicação do projeto para levar 70 crianças para competir em São Paulo, voltando com 50 medalhas e o 2° lugar na categoria infanto-juvenil e no geral (entre 4 e 15 anos).

Salvando vidas além do esporte: pizzaria e barbearia são os próximos passos

O trabalho do Projeto Gaditas com o Jiu-jitsu é nacionalmente reconhecido não apenas por seu aspecto social, mas também por sua excelência técnica, como os vários títulos e a carreira internacional de cinco de seus alunos comprovam. Como nem todos os alunos conseguem seguir uma carreira no esporte e Eduardo está atento. Por isso, o Gaditas está ampliando seu leque de opções para a formação e desenvolvimento dos jovens do projeto a partir dos 16 anos. Depois de Eduardo incentivar e colaborar com o aprendizado e a estrutura física, um de seus alunos, Sullyvan, está trabalhando em seu próprio delivery de pizza na Zona Sul de Porto Alegre. Com o apoio de outros integrantes do projeto, Sullyvan já está atendendo o público desde setembro do ano passado pelo telefone (51) 99393-2757.

Além da pizzaria, que envolveu e pretende continuar envolvendo os outros alunos do projeto, também existe o planejamento de uma barbearia social nos mesmos moldes, assim que a integrante do projeto Maria Eduarda terminar o período de aprendizagem e testes. Todas essas iniciativas dependem, além dos esforços e da dedicação de Eduardo, sua família e colegas, de doações para ter pleno andamento. Assim como a pizzaria precisou de ingredientes nas fases de testagem, antes de abrir para as vendas, a barbearia e mesmo o Jiu-jitsu têm necessidade de materiais, que podem ser doados pelo telefone e WhatsApp (51) 98012-4645.