‘Crateras’ na Avenida Guaíba causam prejuízos e transtornos

Trecho entre é conhecido por estar seguidamente esburacado

Motoristas, motoqueiros e ciclistas que trafegam pela Avenida Guaíba, junto à orla do Guaíba, estão passando por dificuldades para transitar no trecho entre os bairros Espírito Santo e Ipanema, onde muitos buracos se formaram na esquina com a Rua dos Tabajaras (próximo ao Clube do Professor Gaúcho, bem em frente à Estação de Bombeamento de Esgoto do Dmae). Em razão da água da chuva, que faz a areia escorrer para a pista, o problema só piora e os buracos se multiplicam. Quando são arrumados, as chuvas seguintes fazem os buracos reaparecerem. 

 

Vazamentos de água e esgoto intensificam o problema

IMG-20170127-WA0214IMG-20170127-WA0222Não bastassem os problemas decorrentes das chuvas, dois vazamentos pioram ainda mais o problema, pois vertem água e esgoto ininterruptamente no trecho. Um vazamento de água desce pela Rua dos Tabajaras, em frentes a tubulações do Dmae. O outro escorre na própria Avenida Guaíba, a cerca de 100 metros do trecho crítico, logo em seguida da subida do Morro do Espírito Santo, na calçada oposta à orla.  

 

Alagamentos e solicitações de melhorias constantes

 

O problema se mantém sem solução há anos, mas, em outras oportunidades, o conserto no local foi mais rápido, com a renovação do asfalto. Porém, sem reparos, o trecho chegou a um nível crítico durante o mês de janeiro, com a necessidade de os condutores pararem os veículos bruscamente, o que aumenta as chances de acidente, já que o problema no local não está sinalizado. Há relatos de motoristas que rasgaram dois ou mais pneus por não perceberem o perigo, sem reduzir a velocidade a tempo.
As mais recentes reclamações da comunidade para fazer reparos no local começaram no dia 6 de janeiro, pelo menos. Nesta data, após ter presenciado acidentes e estouros de pneus devido à má qualidade da via, Jorge Moraes, morador da região, que precisa usar o trecho para sair da Zona Sul e voltar para casa, fez a reclamação formal, através do telefone 156 (Fala Porto Alegre), da Prefeitura, mas nada foi feito desde que seu pedido foi protocolado, apesar de ter feito contato outras duas vezes (dias 18 e 23 de janeiro), reforçando o pedido de providência.
Já Felipe Dutra Lago, 30 anos, morador do Bairro Ponta Grossa e instrutor da Auto-escola Millenium, diz não se lembrar de ter visto aquele trecho sem buracos nos quatro anos em que trabalha no trânsito da Zona Sul de Porto Alegre, o que, segundo ele, dificulta as aulas e prejudica os veículos.

 

Segundo a Prefeitura, solução do problema está mais próxima

 

O prazo para intervenção venceu sem que a solicitação de desobstrução fosse atendida a tempo, mas a previsão é de resolução no mês de fevereiro. Segundo o engenheiro Marcos Padilha, chefe da Seção Sul de Conservação do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), há necessidade de utilização do caminhão de hidrojato (que estava em manutenção e só voltou a ficar disponível para uso há alguns dias) para que o problema não volte a se manifestar. Segundo ele, foi realizado um mutirão de limpeza manual entre outubro e novembro, mas logo as tubulações da rede pluvial voltaram a ficar cheias de areia.
Padilha destaca que o local será um dos priorizados para limpeza com hidrojato e prevê a realização da limpeza nos primeiros dez dias de fevereiro. Após, o DEP pode acionar o Dmae, que teria um prazo de sete dias para reparar a pista. Com isso, é possível que o local esteja totalmente recuperado em meados de fevereiro.